quinta-feira, 10 de março de 2011

Sons que explodem

Aquelas palavras que eles disseram
escreveram, remoeram, vomitaram,
fizeram sons surdos .

Como a realidade na televisão.
Sim, ela foi vivida, você sentiu doer.
Você se sentiu mal ao ver aquela miséria humana,
mas logo você esqueceu, passou, não te marcou.

Logo você voltava a terminar o seu jantar,
pensando na novela que já iria começar.

Jurava que havia guardado aquelas palavras.
Aqueles discursos inflamados
Aquelas palavras foram amadas
Por quem as escreveu e por quem as leu

Tudo o que foi escrito,
Como você pode ter mudado sua mente?
Aquilo era perfeito.
Agora é esquecimento.

Amigo, alma amiga,
alma compreendida
desculpe o mundo
se o mundo te feriu

Você sabe que amar implica nisso
implica em sentir dor, implica em perdoar.
Não pare de amar o mundo
de buscar uma revolução.

Que não estará sozinho
se acredita que o mundo pode mudar
e que nós vamos mudar o mundo.

Busquemos juntos então.
Que façamos, que amemos, que lutemos.
Deixaremos nossas obras,
marcaremos o mundo.

Onde está a pessoa que escreveu aquilo?
O que fez com ela? Onde a escondeu?
Sei que esta viva, mas definha em cativeiro.
Liberte-a, imploro.

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