quarta-feira, 25 de abril de 2012

Saudade

(latim solitas, -atis, solidão) 

s. f.
1. Lembrança grata de pessoa ausente ou de alguma coisa de que alguém se vê privado.
   2. Pesar, mágoa que essa privação causa.

De alegrar todos os seus dias,
dos abraços e palavras doces.
Da preocupação se estou bem,
dos meus pais muito amados.

Das pequenas aventuras vividas,
dos segredos e das piadas.
Da imaginação e gargalhadas,
dos amigos que jamais encontrarei iguais.

De chegar em casa cansada
e ainda ter energia para arrumar.
De deitar na minha cama e apagar.
Da minha casa, por menos 'casa' que ela seja.

Devaneios da distância

Assim é como estou.
Jovem.
Longe de casa.

Estou fazendo o lógico.
(Que não me satisfaz.)

Fazendo o que me pedem,
suportando os golpes.
Aceitando as rédeas.
Isso é um aviso.

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Estas ruas eu conheço.
Criança, andando em onibus lotados,
sentada no colo dos pais,
decorando cada esquina dobrada.

A cidade não muda.
9 anos e quase tudo igual.

---
E eu? mudei?
Me sinto a mesma.

Quero colo e carinho,
quero abraço e beijinho.
  Quero ver o mar, nadar...
---

O mundo é tão grande,
e eu tinha certezas,
tinha tantos planos.

Tão jovem, tão longe de casa.

Trechos Perdidos - Parte o Trem.

A última partida do dia, chegando ao destino perto da hora do almoço do outro dia
(pois eles almoçam mais cedo no norte).

Repudiei a viagem com motivos que na hora me pareciam banais. (Nem sabia o quão certa estava, olhe só!)
Disse com todas as letras, ressoando em todos os dentes, que não iria ficar tanto tempo. Fiz as malas nos últimos minutos, escolhendo um bocadinho de roupas meio amassadas, um tanto desgostosa. Acreditava tanto que não passaria mais de duas semanas, que nem cheguei a despedir-me dos meus caros.

Viagem rápida e tranquila: nem uma estripulia, choramingo ou pés na poltrona da frente.
Recepcionada na estação, senti uma prévia do que seria minha estadia. Ah, quão certa eu estava...

5 livros que tenho muita vontade de ler

Mas ainda não comecei.


1. O Conde de Monte Cristo - Alexandre Dumas
Edmund Danté, é um jovem e ingênuo marinheiro com um futuro brilhante pela frente, tanto no trabalho quanto no amor. Tanta lindeza junta provoca inveja nos corações, inclusive no de seu melhor amigo. Armam para destruir a vida de Edmund e acabam o prendendo por um crime que não cometera. Ao se ver livre, Danté persegue seus traidores em busca de vingança.

Edmund na pior.

Por que eu quero ler esse livro:
Uma história sobre inveja, política, intriga, vingança e uma charmosa inteligência. Tem coisa mais gostosa?
Conheço a história desde que me dou por gente, acho que minha mãe me contava quando eu era pequena numa versão adaptada aos ouvidos infantis. Sem falar na adaptação em filme de 1975 que chega a me emocionar.

2. Orgulho e Preconceito - Jane Austen
Início do século XIX, Elizabeth Bennet tem quatro irmãs e nem um irmão. Seus pais querem arrumar bons casamentos (monetariamente falando) para todas as 5 filhas.  Mr. Bingley (Ruivo alto, bonito e sensual, talvez seja a solução dos seus problemas, carinhoso, bom nível social) se muda para perto dos Bennet levando a irmã Catharine e o amiguinho Mr. Darcy. Mr. Bingley se arruma com jane, irmã de Elizabeth que chama o Mr. Darcy pra dançar e rejeitada de forma maldosa por ele. Elizabeth fica fula e responde com perspicácia e espirituosidade. E a história é longa.

Elizabeth e Mr. Darcy in love.

Por que eu quero ler esse livro:
Por que a história é foda. Pode dizer que é um romance de mulherzinha, mas é foda. Ganhei o livro no meu aniversário do ano passado, do meu caracol favorito, e só não li ainda por que havia uma fila de espera de leitura antes (começo assim que acabar e ler as Crônicas de Nárnia). O livro já ganhou 8 adaptações ao cinema. A que você conhece é a de 2005 com a Keira Knightley.

3. Os Miseráveis - Victor Hugo 
A história gira em torno de Jean Valjean, um condenado posto em liberdade. Sua vida se atrela ou esbarra em varias outras como a de Fantine, que para sustentar a filha sem pai, se prostitui e vende até os dentes.
Uma história trágica e amarga que da um vislumbre de em o que a miséria é capaz de transformar o homem. Ao mesmo tempo alimenta uma certa fé na bondade humana, como uma flor em meio a lama.

Pode chora, Jean.

Por que eu quero ler esse livro:
Na verdade eu já li uma tradução do livro por Walcyr Carrasco, que estava uma verdadeira m*rda. Mas nem a tradução/ resumo/ adaptação do carrasco me fez gostar menos da história. O livro já recebeu diversas adaptações para teatro, cinema e televisão. Se tiver 2 horas sobrando vale a pena assistir a versão de 1998.

4. 1984 - George Orwell
Retrata o cotidiano de um regime político totalitário e repressivo no ano homônimo. No livro, Orwell mostra como uma sociedade oligárquica coletivista é capaz de reprimir qualquer um que se opuser a ela. A história narrada é a de Winston Smith, um homem com a vida aparentemente insignificante, que recebe a tarefa de perpetuar a propaganda do regime através da falsificação de documentos públicos e da literatura a fim de que o governo esteja sempre correto no que faz. Smith fica cada vez mais desiludido com sua existência miserável e assim começa uma rebelião contra o sistema. (retirado da wikipédia)


Vamos dar uma espiadinha?


Por que eu quero ler esse livro:
Uma sociedade controladora que não permite uma opinião divergente e vigia a vida pessoal de cada  um. Só a ideia já é assustadora. Imaginar uma vida sem acesso a cultura, sem liberdade de opinião e escolha é pior ainda. Já ganhou 2 adaptações ao cinema, uma no ano de 1984.

5. Jogos vorazes - Suzanne Collins
O livro acompanha Katniss Everdeen, uma garota de dezesseis anos que vive em um mundo pós-apocalíptico, em um país distópico chamado Panem - localizado onde estaria a América do Norte. O país é dominado por uma metrópole tecnologicamente avançada chamada Capital, que realiza anualmente os Jogos Vorazes, nos quais um garoto e uma garota, entre doze e dezoito anos, de cada um dos doze distritos do país são selecionados através de sorteio para participar de uma batalha televisionada em uma arena da qual apenas um deles deve sair vitorioso e sobreviver. (ctrl+c, ctrl+v da wikipédia também)


Governo do mal esse daí.

Por que eu quero ler esse livro:
Mais um governo totalitário (Êee). Talvez mais fictício (ou não), talvez mais sanguinário (ou não) que o de '1984' pelo simples fato de mandarem jovens ao abate pela mão dos próprios jovens para mero entretenimento (e claro, uma dose legal de controle pelo medo). É o livro mais recente da lista e confesso que foi o filme que me deu vontade de ler.

Trechos perdidos - Casa da lagoa

Com a chegada da noite a construção estalava-se. Contraia, expandia, rangia... como quem acaba de acordar.

Era muito antiga e vinha passado por diversas reformas, para se acomodar aos donos mais recentes. Provavelmente fora edificada no início dos anos 70 e desde lá houveram diversos habitantes. Os vizinhos relatavam muitos acontecimentos anormais em relação a casa; moradores suspeitos, barulhos estranhos e outros fenômenos.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Versinho provisório

Estou um pouco sem palavras, um pouco sem desenhos,
 um pouco sem pensar.

Deixo a saudade corroer o que resta da minha consciência
e levo a vida em modo automático.

É fácil se você não pensa muito antes de mergulhar.

Le Monde

O mundo é tão cheio de distrações, sabe?
Coisas para fazer você perder o foco no que quer de verdade.

Um monte de mimimis para te dar insegurança
e outro para fazer você perder seu tempo e seu dinheiro.
Por que outros ganham com isso.

E a vida é tão simples no final.
As coisas passam e ficam somente as lembranças do que você fez.