quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Como o mar

Varia de lugar para lugar.
A água é cristalina na superfície porém,
possui profundos e misteriosos abismos.

Calmarias e tempestades,
de marés ao longo do dia, sempre em movimento.
Sempre constante e imutável.

Pode ser gelo, pode ser tropical.
Podem existir monstros e sereias (que você não verá)
Mas a vida mais bela é aquela,
nos recifes gigantes de peixinhos coloridos.

Intimidador, ao mesmo tempo, convidativo.
Uma infinidade, finita pelos olhos.
Desconhecido, de confins imaginados.
Desbravado pela coragem de homens
e de crianças que brincam na areia.

domingo, 18 de setembro de 2011

Soneto ao Sol


Nasci num Outono, distante de meu verão.
Do verão eterno onde deveria ser minha vida.
Porém nasci num dia normal, ao meio exato do dia.
Numa cidade cheia de sol, numa cidade de verão.

De onde fui levada, não me deixaram crescer lá.
Levaram-me a muitas cidades de chuvas, de frio e de noites.
Ainda assim, minhas lembranças mais fortes,
são de cidades de Sol, calor e mar.

Cabelos queimados e pele de ouro, contrastantes,
com a palidez atual do meu rosto e a negrura de minhas mechas.
Ah, que saudades tenho do amigo sol, da luz, d'água salgada, do vento mensageiro...

Um dia, quem sabe, volto para o sol.
Volto para minha cidade de verão, para o mar que me roubou uma boneca.
Volto para meus dias de aventura, para minhas noites de canções.