As lâmpadas brilham como estrelas
transformando o cimentado triste
em reflexo da perfeição do firmamento.
A pólis decadente encontra no escuro
o doce reconforto dos amantes,
que perdidos em suas ruas
contemplam a esperança na pálida luna.
Ébrios bebem o seu vazio
gritando sentimentos despedaçados
em suas mudas esquinas.
Poetas insones escrevem
a beleza das coisas vistas e não vistas
sob o véu negro que veste a cidade.
A estas criaturas pertence a noite,
Sorte de quem pode ser os três.