Estou isolada.
A sutil impressão de que fui sequestrada de parte de mim.
Aquela parte que não é você, mas faz parte.
Minhas doces lembranças do som das ondas e do balançar ritmado da rede.
A areia nos dedos, no cabelo e no corpo todo.
O queimar devagarinho do sol no rosto.
Ai, aquele vento que passa fazendo carinho e embaraçando os cabelos, aquela brisa salgada.
Ai, as ondinhas de pular na beira da praia e as ondas caudalosas dos corajosos.
O correr descalço queimando os pés, as frutas do quintal, a água de coco, os chapeis de palha, os vestidos levinhos...
Aquela sensação de liberdade que nunca mais experimentei.
Que vontade de chorar é essa que eu sinto quando me vem essas felizes lembranças?
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