quinta-feira, 12 de junho de 2014

Poesia Metalinguística.

Todo sentimento que ponho em verso
duvido três vezes, até quatro.

Se deixo de lado, me perturba pra não dormir.
se não sair dos meus dedos minha mente não vai fluir.

Mas ainda assim, duvido.
Duvido mais cinco ou seis vezes.

Quem sou eu pra escrever?
Quem vai ler?

Mas não dá.
Assim como as vezes eu acabo falando sem pensar,
os dedos deslizam e vão saltando na tela:

palavras que vão tecendo a mente confusa,
desembolando a bagunça.

Uns versinhos rimados
que roubam as palavras do sussurro ao amado.

Escrevo em vão, mas meio que sem opção, vão me sobrando palavras
e como fico com dó de as jogar fora, as arrumo em fileiras.

Escrevo em poesia por que a prosa é por demais complexa
para sentimentos tão destilados como os meus.



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