sábado, 26 de janeiro de 2013

Vô, eu ainda sinto muito a sua falta. Queria poder te dizer isso. Desculpa ter saído tão rápido da sala da U.T.I. Eu posso dizer que era para a mamãe passar mais tempo com você, mas eu não tava aguentando te ver daquele jeito. Ai vô, queria ter te abraçado mais. Ter dito mais uma vez que eu te amo. Eu sinto tanta falta sua, me sinto tão culpada por não ter passado mais tempo com você ou falando com você. Queria te abraçar mais uma vez, vô, mais várias vezes. Você tinha que saber o quanto é amado. Eu tenho evitado ter esses pensamentos dolorosos, mas ver fotos suas é demais pra mim. Não conseguir achar uma de nós dois. Mas lembro de uma, lá da época da praia, aquela que colocamos em um porta retrato que a gente fez com conchinhas. Ah, vô. Eu sei que o senhor não foi cedo, mas foi cedo demais para mim. Lembro da gente conversando quando eu era pequena, e um de nós dois disse que você viveria até os 100 anos. Eu queria que fosse verdade. Pelos meus cálculos da época, achava realmente que você não iria antes que eu tivesse 30. Mas vô, não quero te prender aqui. Descanse vô. Eu vou fazer meu melhor para cuidar da mamãe e da vovó se ela precisar.  Eu te amo e sinto sua falta, vovô.

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