domingo, 19 de junho de 2011

Rios

Estou chorando
E não me repreendo.
As lágrimas correm, ajustando-se aos relevos de meu rubro rosto.

Estou chorando
Olhos vermelhos em brasa molhada.
Nem um sinal de repulsa pela fraqueza.

Pois não me sinto fraca.
Choro consciente de minha dor.
Consciente que não é a culpa minha.

Não há amargura alguma em meus lábios.
Somente o salgado desfrute da tristeza.
Insolência de quem?

Choro por culpa de todos
Culpa da vida, cidade, pais, amigos, minha.
Culpa do destino que me trouxe a companhia para chorar o exílio.

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